Locação de Imóveis em Bauru e Região Registra Aumento de 25%
O mercado de locação de imóveis usados nas cidades de Bauru, Botucatu, Jaú e Piratininga (SP) apresentou um crescimento significativo no mês de março, de acordo com os dados fornecidos pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (Creci-SP).
Segundo o levantamento realizado pelo órgão, houve um aumento de 25% no volume de locações em comparação com o mês anterior. No acumulado do ano, de janeiro a março, essa variação chega a expressivos 172%.
A pesquisa abrangeu 9 imobiliárias nas cidades mencionadas, além de Barão de Antonina (SP), evidenciando uma tendência positiva no mercado imobiliário do centro-oeste paulista.
O presidente do Creci-SP, José Augusto Viana Neto, atribui esse aumento à aplicação dos reajustes nos valores de locação no início do ano, o que cria um ambiente propício para a rotatividade dos imóveis.
“Quando chega o aniversário de um ano, há um índice de reajuste aplicado. Entretanto, ao completar 30 meses, o proprietário tem a liberdade de requerer um valor que considere justo. Isso geralmente ocorre no início do ano”, explica Viana Neto.
Ele também destaca que, devido à escassez de imóveis disponíveis para locação, os proprietários frequentemente recebem propostas com valores superiores ao que estão recebendo atualmente. Isso leva os locatários existentes a procurarem outras opções em áreas mais acessíveis, resultando na ocupação de novos imóveis e, consequentemente, na alta no volume de locações.
Apesar do aumento nas locações, o mercado de venda de imóveis na região registrou uma queda de 50% em março, em comparação com o mês anterior, quando o índice foi positivo em 171%. No entanto, o presidente do Creci-SP enfatiza que, mesmo com essa queda, as vendas ainda acumulam um aumento ao longo do trimestre, indicando um mercado imobiliário robusto em Bauru e região, com perspectivas favoráveis para 2024.
Perfil das Locações na Região
As principais faixas de preço de locação de apartamentos na região central-oeste paulista em março variaram entre R$ 1.000 e R$ 1.250 (33%) e entre R$ 2.000 e R$ 2.500 (33%), refletindo uma diversidade econômica entre os interessados em alugar imóveis no início do ano.
José Augusto Viana Neto ressalta que a escolha de um imóvel para locação depende do perfil do locatário, mas independentemente da classe social, é essencial encontrar um equilíbrio entre localização, preço e tamanho, de acordo com as necessidades individuais.
Em relação aos apartamentos mais procurados, destacam-se os de 3 dormitórios, com área útil entre 101 e 200 metros quadrados (66,7%). Em seguida, estão os imóveis com até 50 metros quadrados e 1 dormitório (33,3%).
As locações de casas seguiram padrões semelhantes aos de apartamentos, com duas faixas de preços principais. As casas de 1 dormitório, com valores entre R$ 750 e R$ 1.000, foram preferidas por um público com perfil mais econômico (50%), enquanto as casas de 3 dormitórios, com valores entre R$ 2.000 e R$ 2.500, também foram bastante demandadas (50%).
A maioria dos locatários optou por utilizar um fiador como garantia locatícia, e os imóveis localizados na periferia das cidades foram os mais escolhidos (75%), seguidos pelos bairros mais nobres (25%).
Dos locatários que encerraram contratos de locação, 30% optaram por imóveis com aluguéis mais acessíveis, enquanto 20% buscaram imóveis com valores mais altos. O motivo da mudança não foi informado por 50% dos entrevistados.